Foi nesse quadro que, em meados do século XIX, tiveram início
as Conferências Sanitárias Internacionais, fóruns de debate científico sobre as
controvérsias em torno das causas e dos mecanismos de transmissão de
doenças, e político, uma vez que se tratava de estabelecer normas e procedimentos
comuns entre os países que enfrentavam problemas como as
epidemias de cólera e de peste bubônica. Essas conferências reuniam basicamente
países europeus e expressavam a contradição entre a crescente
insegurança - em face da ampliação das epidemias e da própria emergência
do conceito de pandemia - e a idéia de progresso que se afirmava e
encontrava representação simbólica nas Grandes Exposições Internacionais.
Sugestivamente, a primeira Conferência Sanitária e a primeira Exposição
Internacional ocorreram no mesmo ano, 1851, respectivamente em
Paris e Londres (WHO, 1958). urologia barriga tanquinho
Oito anos após este colóquio e na mesma cidade, foi realizada a aumentar o bumbum
segunda Conferência. A terceira Conferência realizou-se em 1866, em
Constantinopla, e a seguinte, em Viena, em 1874. A quinta Conferência
Sanitária Internacional foi a primeira a se realizar no continente americano
e teve lugar em Washington em 1881. Aristides Moll, editor científico da
Oficina Sanitária Pan-Americanana, nas décadas de 1920 e 1930, chegou
a apontá-la como a primeira conferência sanitária pan-americana pediatria
(Veronelli & Testa, 2002; Moll, 1940). Entretanto, a representação dos
países americanos era basicamente dos corpos diplomáticos, com reduzida
presença das autoridades sanitárias nacionais. dermatologia
Um dos fatos mais significativos, durante a quinta Conferência, foi a neurologia
participação de Carlos Finlay, delegado especial de Espanha, representando
Cuba e Porto Rico. Finlay apresentou sua teoria sobre a transmissão da febre
amarela, considerando-a como uma concepção alternativa aos argumentos
contagionista e anticontagionista. A posição do cientista estava fundamentada
na seguinte hipótese: a presença de agente inteiramente independente
para a existência tanto da doença como do homem doente, mas absolutamente
necessário para que a enfermidade fosse transmitida do portador da
febre amarela ao indivíduo são.
Este agente, ou vetor, era um mosquito, e sua
hipótese só foi considerada plenamente demonstrada vinte anos depois.10
Apenas em 1903, na sexta Conferência, consideraram-se como fatos
científicos estabelecidos o papel do rato na transmissão da peste e do
Stegomia fasciata (atualmente Aedes aegypti) na transmissão da febre
amarela. Essa resolução teve evidentes efeitos práticos, de crucial importância
para o intercâmbio e comércio internacionais, devido ao problema acarretado
pela quarentena dos navios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário