domingo, 31 de janeiro de 2016

medicina quantica

A arte indiana de curar
A história da medicina indiana é dividida em três períodos:
Um período mais antigo, que vai de 1500 até 800 a.C., chamado de período
védico porque as informações são derivadas, principalmente, dos Vedas
(palavra que significa conhecimento), os quatros livros sânscritos sagrados dos
indianos: Rig-Veda, Sama-Veda, Yajur-Veda, e Atarva-Veda. Os Vedas são
16 Douglas Guthrie, A history of medicine.
17 Segundo Hegel, em Filosofia da História.
17
hinos antigos, poemas filosófico-religiosos, preces e ensinamentos oriundos dos
povos arianos, que invadiram o vale do Indo por volta do ano de 1500 a.C.
Um período posterior, ou bramânico, que vai desde 800 a 600 a.C., sendo
que o bramanismo recebeu forte influência da religião dos povos arianos que
conquistaram a Índia. Possuíam um sistema de castas que se perpetuou no
bramanismo, além de transformarem as forças da natureza em deuses de
aspecto humano. Suas principais divindades foram Indra (deus do tempo e da
guerra), Varuna (deus das águas), Agni (deus do fogo) e Soma (deus das
plantas alucinógenas).
E um período chamado budista, que vai de 600 a.C. a 600 d.C., após o que
grandes partes da Índia foram submetidas ao islamismo, e a medicina árabe,
em conseqüência, passou a exercer grande influência no país.
O período bramânico tem essa designação porque é baseado na cultura
dominada pela casta dos sacerdotes desta religião, o mesmo ocorrendo com o
período budista, dominado pelos seus monges.
O primeiro período, ou védico, corresponde ao da medicina mais primitiva.
O período bramânico apresenta uma base mais racional, e a medicina hindu
atinge seu ápice no período budista, onde a educação médica passa a ter uma
formação teórica e prática mais elaborada, de forma semelhante à medicina
grega da Antigüidade.

Os três livros clássicos da medicina indiana são os livros de Charaka (início
da era cristã), Susruta (cerca de 500 d.C.) e Vagbhata (cerca de 600 d.C.).
Charaka catalogou mais de 500 remédios, classificando-os em cinco grupos,
de acordo com a natureza de sua ação: tônicos, sedantes, laxantes, purgantes,
eméticos e afrodisíacos.
Susruta é considerado o pai da cirurgia indiana. Identificou 1120 doenças,
classificando-as em sete grupos. Descreveu oito tipos de intervenções
cirúrgicas: incisão, punção, sondagem, escarificação, extração, sutura, excisão,
e drenagem. endocrinologia     ortopedia   otorrino  psiquiatria

Vagbhata, que nasceu em Sindh, hoje província do Paquistão, escreveu um
tratado conhecido como Astanga Hrdaya, em três volumes, tendo recebido seus
ensinamentos de medicina aiurvédica de seu pai e de um monge budista,
chamado Avalokita. Sua obra é dividida em seis seções: Medicina Interna,
Pediatria, Ginecologia, Psiquiatria, Toxicologia, Cirurgia Básica, Terapia de
rejuvenescimento e Geriatria. Além de ser um resumo mais claro dos textos de
Charaka e Susruta, sua obra também inclui informação nova que não existia
nos textos anteriores, como seções sobre longevidade, higiene pessoal, causas
das doenças, influências das estações e do tempo sobre o organismo humano,
gravidez e possíveis complicações durante o parto e várias indicações de como
estabelecer um prognóstico e de como tratar determinadas doenças.
Na medicina indiana, a doença também era considerada como um castigo
divino, mas a crença na reencarnação, oriunda do budismo, trouxe uma
novidade a esta associação.

Segundo a tradição, no século VI a.C., Siddartha Gautama, jovem príncipe
que depois seria conhecido como Buda, “o iluminado”, abandonou a casa dos
pais, aos 29 anos de idade, em busca de uma vida de pobreza e ascetismo.
Depois de uma série de experiências fracassadas, ao pé de uma figueira,
percebeu finalmente sua grande revelação, que consistia na descoberta da

Nenhum comentário:

Postar um comentário